Foi inaugurada na última terça-feira, 10 de dezembro, a Exposição de Presépios do acervo do padre José Maria Fernandes, SJ, Diretor do Centro Loyola. A mostra com 96 presépios do Brasil e de várias partes do mundo está em cartaz no Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, o Castelinho do Flamengo, e foi organizada pelo Centro Loyola PUC-Rio para o Projeto Natal Cultural, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Na cerimônia de abertura, estavam presentes a Secretária Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros; o Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Adolpho Konder; a Gerente dos Centros Culturais da Rede Municipal de Cultura, Denise Escudero; e a gestora do Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, Claudia Chaves.
Danielle Barros destacou a importância desse tipo de parceria com a Universidade para a cultura do Estado do Rio de Janeiro:
– Eu quero registrar a minha alegria de fazer parte deste momento. A exposição está linda. Foi uma excelente iniciativa da prefeitura do Rio promover essa possibilidade de um acervo tão bonito, que estava guardado tão pertinho da gente ser apresentado aos moradores do município do Rio de Janeiro e a tantos outros que passarão por esse lugar – ressaltou.
Antes de abrir a mostra, padre Fernandes explicou que o início da coleção foi com um presépio do século XVIII, passado de geração a geração desde sua bisavó. Segundo ele, a coleção faz o colecionador e o que mais o encanta nos presépios é a diversidade com que a cena do nascimento de uma criança preenche a imaginação de artistas do mundo todo que irão retratá-la cada um a seu modo.
Além de representar a cena do nascimento de Cristo, os presépios apresentam traços da cultura e da história de seus locais de origem. Do México, vieram Maria, José e o Menino Jesus feitos em madeira e cerâmica, usando trajes típicos locais, como o sombrero. No presépio do Cazaquistão, a estrebaria dá lugar a um tipo de cabana típica das regiões rurais do país. As referências estão tanto na forma de esculpir ou montar as peças, quanto nos materiais utilizados, como o couro das renas do Canadá ou a madeira de oliveira de Jerusalém.
O artesanato popular brasileiro também está presente na mostra, com peças adquiridas em diferentes estados. Um dos presépios de maior destaque foi confeccionado por um artesão do Rio de Janeiro com materiais de sucata. Já o presépio de Pernambuco está no meio de uma pracinha de cidade do interior com seu casario colorido emoldurando a cena da natividade. Além da cultura, o destaque também vai para a diversidade natural do país, em peças confeccionadas com sementes, pedras, barro etc.
Nos dias 19 e 20 de dezembro, às 15h, haverá no espaço da exposição sessões de contação de histórias com Dinair Fonte, pesquisadora do Grupo de Estudos em Literatura Infanto-Juvenil do Instituto Interdisciplinar de Leitura PUC-Rio. A mostra pode ser visitada diariamente, das 12h às 18h, no Castelinho do Flamengo, que fica na Praia do Flamengo, 158, até o dia 22 de dezembro. Após o recesso de final de ano, a exposição será reaberta de 6 a 20 de janeiro de 2020. A entrada é franca.