Artigo: Jesus de Nazaré como ponte entre cristãos e muçulmanos

“(…) Um porco passou por Jesus. Disse Jesus: passa em paz. Perguntaram-lhe: Espírito de Deus, como podeis dizer isso a um porco? Respondeu Jesus: eu odeio acostumar minha língua ao mal…” (apud KHALIDI, 2001, p. 133, §128).

O episódio narrado acima é completamente coerente com o retrato de Jesus acalentado nos melhores momentos da história do cristianismo. Trata-se de um Jesus doce, que fala aos seus companheiros de caminho de lírios, de crianças, de passarinhos, um personagem de coração manso, ao qual homens e mulheres de muitos tempos e locais voltaram seus pensamentos e sentimentos em busca de identificação e alívio. Não deixa, entretanto, de ser um mestre de moral e um caminhante transfigurado por uma relação especial com Deus. É um Jesus que fala à sensibilidade dos cristãos mais do que o severo Jesus que promete destruir o Templo ou que adverte seus correligionários nos mais severos termos, chamando-o de víboras e de demônios.

Tal narrativa, contudo, não encontra nenhum equivalente exato nos Evangelhos agora conhecidos, canônicos ou extracanônicos (ver nota 2). Ela foi recolhida pelo arabista espanhol Pe. Miguel Asín Palácios (1871-1944) na obra do teólogo, jurista, filósofo e místico persa Abu Hamid Muhammad ibn Muhammad al-Ghazali (1058-1111), conhecido mais comumente apenas como Al-Ghazali ou Algazel. Algazel foi saudado por seus contemporâneos como um santo e um revivalista (mujaddid), renovador da fé de sua comunidade, e suas obras – marcadas por um vigoroso esforço no sentido de fundir a prática ascética, a reflexão sistemática e a devoção cotidiana – foram durante um longo período especialmente distinguidas como o título de Hujjatal-Islam, provas e incentivos da submissão a Deus. O episódio referido foi por ele transcrito de um livro composto por Abu Bakribn Abi al-Dunya na última década do século IX da era cristã. Neste volume, al-Dunya faz referência ao fato de essa história a respeito de Jesus ser conhecida entre os muçulmanos já desde os tempos da Hégira. Conduz-nos, portanto, ao cerne de uma das experiências históricas mais marcantes dos primórdios da expansão do Islã.

A surpresa que nos causa o fato de um episódio desses, que poderia passar aos olhos de qualquer cristão como uma perícope evangélica perfeitamente legítima, ter sido redescoberto por um padre católico em um livro de teologia islâmica – e não em algum antigo texto sagrado cristão – depõe antes do mais a respeito de uma conjuntura histórica que nos tornou mais e mais míopes ao fato de que Jesus é um personagem bastante importante na literatura, na teologia e na devoção muçulmanas. Para compreender essa opacidade, deve-se ter em mente que, de Carlos Martel a Lutero, das Cruzadas ao 11 de setembro, o mundo euro-americano, de matriz cristã, construiu sua identidade através do confronto com diversas alteridades, diversos outros tido como ameaçadores, dentre os quais o mundo muçulmano constituiu talvez o bloco mais resistente e desafiador. Quando surgiu, simultaneamente religião e império, o Islã rapidamente se impôs sobre um largo território no qual se deu uma parte crucial do primeiro milênio da história cristã. Esse sucesso era ameaçador não apenas pelas questões de fato, mas também pelas de princípio que colocava: teria Deus, afinal, concedido seu favoritismo aos infiéis? Mesmo depois de a Europa passar da defesa ao ataque, permaneceu o receio do império islâmico em constante expansão, situação que acabou impossibilitando uma relação saudável, ou mesmo minimamente racional, entre as partes envolvidas. Ao mesmo tempo em que se teciam no imaginário e na política europeias as pavorosas fantasias sobre judeus e feiticeiras, supostos inimigos internos, aí florescia também uma imagem distorcida do Islã que, enfatizando os aspectos mais negativos das interações entre cristãos e muçulmanos, refletia as ocultas ansiedades do mundo ocidental em dores de crescimento.

Tal imagem, cristalizada na noção, ainda tão contemporânea, de que há uma oposição e um conflito necessários entre Islã e Cristandade, tornou-se opinião corrente no Ocidente moderno e continua a afetar nossa percepção do mundo muçulmano. Mais grave: ela se espraiou, com sinal invertido, para parte do interior do Islã, que passou a contar com grupos militantes e muito barulhentos que cultivam um ódio global e veemente em relação ao Ocidente e a qualquer coisa que o lembre, ainda que inexatamente. De fato, se a Europa medieval pouca impressão causou aos muçulmanos, quando eles descobriram pela primeira vez o Ocidente colonial, durante o século XVIII, muitos ficaram impressionados com a civilização moderna e tentaram imitá-la. Mas, em anos recentes, esse entusiasmo inicial cedeu espaço a um ressentimento amargo, que derivou em distorções teológicas fundamentalistas e em vários tipos de ações violentas, nada atenuadas pelas reiteradas intervenções e mau comportamento de europeus e norte-americanos em diversas partes do mundo islâmico, nem pela postura dos governos ocidentalizantes que aí se estabeleceram à sua sombra. A ideia de que a colisão entre o Ocidente portador de certa herança cristã e o Islã é, mais do que inevitável, necessária, de que não haverá solução possível além da supremacia de um dos grupos sobre o outro, forçosamente obtida através do confronto violento, passou a ser instrumentalizada por grupos de cínicos, deslumbrados ou fanáticos de todas as latitudes, os nominalmente muçulmanos tanto quanto os nominalmente cristãos, como combustível para as explosões de ódio sectário. Essas irrupções, entretanto, não apenas ameaçam a vida, a dignidade, os laços sociais e o patrimônio de tantas pessoas, mas distorcem nossa memória e nublam nossa percepção de que há uma série de traços que são comuns a cristãos e muçulmanos e, portanto, possíveis plataformas para algum entendimento entre eles, não obstante as suas diferenças irrevogáveis e sucessivos desencontros históricos. Em um momento em que o desentendimento cultural chega a uma espécie de novo paroxismo, e em que a busca de soluções que viabilizem algum tipo de convivência mútua que, preservando as diferenças entre as coletividades, seja minimamente respeitosa, deixa a estufa dos especialistas e dos sonhadores para se tornar uma tarefa urgente de reflexão e prática, da qual, em última instância, depende a sobrevivência da humanidade, não é um mero exercício erudito buscar um olhar ao mesmo tempo mais simpático e objetivo em relação àqueles pontos que, de alguma forma, podem servir de base para uma aproximação caridosa entre muçulmanos e cristãos.

Uma dessas pontes que podem servir não para fundir cristianismo e islamismo, o que seria um propósito absurdo sob qualquer aspecto imaginável, mas para lembrar aos fiéis cristãos e muçulmanos que eles possuem muito em comum e que podem superar seus traumas duradouros na tentativa de construir um futuro mais harmonioso, é justamente a figura de Jesus de Nazaré. Antes do mais, destaque-se que o Jesus dos cristãos não é, em sentido teológico, o mesmo Jesus dos muçulmanos: para os primeiros, trata-se do Filho de Deus e Salvador do mundo; para os segundos, trata-se de não mais do que um venerável profeta. A doutrina da consubstancialidade de Jesus com Deus e todo o dogma trinitário são duramente repudiados pela tradição muçulmana e tidos em conta de acréscimos blasfemos a um ministério legítimo, divinamente inspirado; ao mesmo tempo, entretanto, considera-se que os cristãos, mesmo se parcialmente errados, estão mais próximos da Verdade do Islã do que, por exemplo, os judeus. Essa disparidade,que não pode ser minimizada, sob o risco de se incorrer em um irenismo que falsifica os fatos da história e da sensibilidade religiosa e nada tem a nos acrescentar, por outra parte, já faz emergir ela mesma um solo comum no qual se pode dar o diálogo. Pois, ao contrário do que imaginaram – e continuam a imaginar – alguns ocidentais, o Islã não é uma religião estruturalmente anticristã, mas, ao contrário, tem em alta conta o principal personagem da fé cristã, ainda que com ela não concorde em muitos pontos importantes, mesmo fundamentais. Permanece aberto o desafio de enfatizar os pontos comuns e conseguir lidar amistosamente com as diferenças existentes entre uma e outra confissão de fé, estabelecendo um ambiente consistente de tolerância. Em um mundo ideal, livre de disputas violentas por poder, essa discordância pode em si ser uma coisa não apenas aceitável, mas até mesmo positiva, pois locus em que o pensamento e a devoção cristã e muçulmana, postas uma diante da outra em sinceridade de coração, desenvolvem suas próprias compreensões do inesgotável Mistério de Deus (ver nota 3).

O caso é que, não obstante essa ressalva feita a certas doutrinas cristãs inegociáveis, Jesus de Nazaré, além de ser um importante personagem literário e folclórico de certas culturas muçulmanas, é parte integrante da própria religião islâmica. Ela o considera juntamente com outros sujeitos que destaca como grandes homens de Deus, como Abraão, Moisés e Muhammad. Jesus é mencionado vinte e cinco vezes no Corão, sendo nove vezes por seu próprio nome e outras dezesseis através de expressões honrosas como Messias,Mensageiro de Deus, Palavra de Deus e Espírito de Deus. Não há aí nenhuma crítica à sua pessoa, mas o reconhecimento de que pregou a submissão a Deus, de que realizou curas e outros prodígios miraculosos, de que foi preservado de uma morte ignominiosa na mão daqueles que o rejeitaram e de que nasceu por uma intervenção divina do seio de uma virgem. De fato, Jesus é muitas vezes referido no Corão e na tradição muçulmana como filho de Maria, uma espécie de referência familiar muito incomum na cultura e idioma árabes, que geralmente enfatizam a ascendência paterna através do recorrente uso da fórmula fulano, filho de beltrano. Alguns analistas viram nessa forma especial de referência apenas um tom polêmico, já que, ao enfatizar o vínculo entre Jesus e sua mãe, tender-se-ia a eliminar quaisquer dúvidas quanto a uma sua suposta ascendência divina; outros exegetas, entretanto, lembram-nos que esse também é um título honorífico, já que Maria é levada em alta consideração no Corão. De fato, ela é a única figura feminina que aí se cita por seu próprio nome – nome que, inclusive é o título de uma das suratas, ou seja, de um dos capítulos deste livro.

Além das menções corânicas, há uma grande variedade de ditos e feitos atribuídos a Jesus dispersos na literatura muçulmana. Alguns são transcrições mais ou menos textuais de trechos dos evangelhos, canônicos ou extracanônicos. Outros fazem remontar a Jesus princípios morais ou práticas que os muçulmanos consideravam especialmente louváveis em certos cristãos com os quais tiverem contato, de modo especial os eremitas e monges. Um terceiro grupo – dentre os quais se encontra o episódio citado no início deste texto – está perfeitamente de acordo com o espírito evangélico, mas não encontra equivalente preciso em nenhum dos escritos preservados pela tradição cristã. Eles se encontram dispersos em obras de ética e devoção popular, de misticismo e sufismo, em antologias de conhecimentos gerais e em histórias de profetas e santos. Elas variam em tamanho desde uma única frase a narrativas com várias centenas de palavras, e circularam no mundo muçulmano desde a Península Ibérica até o Mar da China, da fronteira do Cáucaso à Abissínia. Sua origem é objeto de grande controvérsia, mas enquanto alguns aventam a possibilidade de elas simplesmente derivarem de um primitivo estrato sapiencial comum às tradições religiosas surgidas no Oriente Médio, certos estudiosos sustentam, de forma um pouco mais ousada, que elas são diretamente provenientes da tradição oral de cristãos que não chegaram a consignar as histórias de Jesus que conheciam em quaisquer tipos de escritos. De toda forma, elas constituem um verdadeiro evangelho islâmico, que nem sempre entra em contradição com os Evangelhos aceitos como inspirados pelos cristãos.

Para os muçulmanos do período pré-moderno, era no Corão e nesse emaranhado de ditos e feitos que eles podiam contemplar a figura de Jesus. Para os cristãos, tem-se aí um Jesus recomposto em um ambiente onde é tido como um profeta muçulmano, mas que retém algo de uma identidade que não é de toda dissonante com a que encontramos nos evangelhos canônicos, assim como na teologia e devoção cristãs. Como afirma de maneira muito bela o historiador palestino Tarif Khalidi, na sua introdução a um volume desses ditos e feitos atribuídos a Jesus que constam na literatura e no folclore islâmico, eles testemunham “um caso de amor entre o Islã e Jesus”, compondo “um registro sem igual de como uma religião mundial optou por adotar a figura central de outra, vindo a reconhecê-la como constitutiva de sua própria identidade” (2001, p. 15). Assim sendo, mesmo sendo pronunciadas e incontornáveis as diferenças entre as ideias que cristãos e muçulmanos têm a respeito de Jesus, essa figura pode servir de base para o diálogo e a convivência pacífica entre os fiéis das duas mais numerosas confissões religiosas do mundo contemporâneo. Oxalá tanto o estudo acadêmico quanto a contemplação propriamente religiosa dos múltiplos perfis desse importante personagem contribuam para algum tipo de reconciliação histórica e constituição de uma comunidade inter-religiosa de testemunho e ação ética em um mundo tão confuso e ferido como o nosso.

Alfredo Bronzato da Costa Cruz
Mestre em História Social pelo Programa de Pós-Graduação em História do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGH-CCHS/UNIRIO). Currículo Lattes aqui.

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Notas:

1. Para a formulação do presente texto, foram-me muito valiosos as observações, correções e sugestões de Karina Arroyo, do Centro Cultural Imam Hussein, e de Vítor Pereira, da Comissão de Diálogo Ecumênico e Inter-Religioso da Arquidiocese do Rio de Janeiro. A ambos agradeço de coração a inestimável ajuda neste esforço. As referências e opiniões constantes no escrito, contudo, são evidentemente de minha inteira responsabilidade.

2. Por evangelho extracanônico entende-se aqui todos aqueles que não foram incluídos pela tradição cristã hegemônica no cânone bíblico, ou seja, todos os textos evangélicos que não são os de Mateus, Marcos, Lucas e João, tais como, por exemplo, os Evangelhos de Tomé, de Felipe, de Maria Madalena, de Pedro, dos Hebreus, de Judas, e daí por diante. Com o uso desta expressão – extracanônico – pretendo evitar da forma mais veemente possível a conotação esotérica e algo fabulosa que o termo apócrifo adquiriu na compreensão popular quando aplicado a este tipo de literatura do começo do cristianismo. (Para uma primeira introdução a estes textos, ver MORALDI, 1999).

3. Ao escrever esta última frase, veio-me à superfície da memória um episódio da vida do Pe. Christian de Chergé (1937-1996), martirizado no assalto do mosteiro de Tibhirine por radicais salafistas, episódio do qual tive conhecimento através da leitura do recente livro (2014) do teólogo Faustino Teixeira sobre os buscadores cristãos do diálogo com o islã. Transcrevo-o conforme o encontrei aí (p. 126): “(…) Christian de Chergé relata [em Septvies por Dieuetl’Algérie, livro publicado no ano de seu assassinato] a experiência que teve com um amigo muçulmano da vizinhança do mosteiro de Tibhirine. O jovem queria aprender a rezar e buscava orientação junto a Christian. Foi o início de uma longa história de partilha espiritual. Como forma de sinalização da comum busca espiritual, utilizavam a figura ou movimento de cavar o poço. Certo dia, Christian perguntou ao amigo, em forma de brincadeira: E no fundo do poço, o que iremos encontrar? Água muçulmana ou água cristã? A resposta veio rápida: Tu ainda colocas essa questão? Tu sabes que no fundo desse poço encontraremos é a água de Deus”.

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